Hoje vivemos o futuro literalmente, porém alguns indivíduos entre nós insistem e pensar e agir como bestas…
Escrito por: Eddie Shibumi.
A rua larga, as portas e janelas fechadas, os papeis levados pelo vento. A solidão na cidade bate na cara como uma pedra na vidraça, estilhaça toda a ilusão e a falsa sensação de poder que tínhamos construído.
Os corpos sem alma que vagam nestes corredores vestem “estilos”, comem “marcas” e vivem estórias escritas sob medida, trazem nos bolsos o mapa da estrada de tijolos amarelos e veem à frente um horizonte de alta definição com sonhos em 3D.
É incrível como são levados à frente por ideologias, verdades absolutas sem a menor confirmação. Vivem na era da ciência e tecnologia, mas ainda estão presos a crenças, desejos e atitudes quase primitivas (vão às academias se exercitarem e aprenderem lutas), para poderem espancar indivíduos mais fracos e homossexuais e assim impressionarem as fêmeas.
São como bonecos articulados a quem foi permitido andar sozinhos pelas ruas, como se fossem animais de cativeiro que foram introduzidos em um eco-sistema conceitual. Não sei por que, mas estes habitantes de nossas ruas me fazem pensar nas criações de Azimov (a diferença é que os seus robôs queriam ser humanos!), o chamado homem moderno tenta reviver e aproximar-se do animal fisiológico que habita seu código genético.
Sua gana destrutiva se vira contra tudo e todos que lhes pareçam diferentes: os mais ricos; os mais pobres; os mais feios; os mais belos; os nordestinos; os negros; mulheres; crianças; idosos; não há limite para a sanha violenta que habita o lado negro da força (assim falou Darth Vader!).
O homem sempre teve seu comportamento ligado ao momento histórico e cultural em que vivia. Hoje vivemos o futuro literalmente, porém alguns indivíduos entre nós insistem e pensar e agir como bestas, tão perfeitos em seu gestual que não seria difícil confundi-los, quando em grupos com aqueles macacos que aparecem no começo do filme “2001, uma odisséia no espaço”.